JOSELY CARVALHO
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Dados históricos: canhão 23 - nº SIGA 015898
O canhão 23 foi fundido no Paraguai durante o governo do presidente Fernando Solano Lopez. Apresenta uma inscrição com seu nome e nos leva à A Retirada da Laguna, romance escrito por Alfredo d'Escragnolle Taunay em 1872. O autor, também participante da expedição iniciada no Rio de Janeiro em 1865, descreve as dificuldades que o contingente militar brasileiro viveu até chegar à fazenda da Laguna, propriedade do ditador paraguaio, em 1867.
Este conflito foi um episódio sangrento da Guerra do Paraguai (1864-1870) que envolveu o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Brasil, Argentina e Uruguai. Um dos principais personagens da dramática história é o guia José Francisco. Foram vários os desafios, além de caminharem mais de dois mil quilômetros, enfrentaram doenças e epidemias de tifo, cólera e beribéri, sofreram com a falta de alimentos, terminando com a derrota e morte de quase todos os artilheiros. A razão de ir em direção à fazenda da Laguna foi a grande necessidade de encontrar cabeças de gado para alimentar o batalhão, porém nada foi encontrado na fazenda.
O exército brasileiro teve que se retirar deixando para trás doentes e feridos que em sua grande parte eram negros e subalternos militares.
O desastre só não foi maior em razão da intervenção dos indígenas Terena e Guaicuru-kadiwéu, que utilizando-se de táticas de guerrilhas próprias conseguiram deter o avanço da tropa paraguaia. A Guerra do Paraguai terminou somente com a morte do líder Fernando Solano Lopez em março de 1870 quando foi ferido por um golpe de lança e atingido com um tiro de fuzil. Foram muitas as sequelas da Guerra do Paraguai, entre elas, o saqueamento do país, a população dizimada e a infraestrutura derrubada. O Paraguai foi obrigado a pagar uma dívida de guerra ao Brasil só extinta em 1943 em razão de serem assinados tratados de comércio, navegação e convênio de turismo.
fragrância: Boca de Morte PB00014JB
Existe um cheiro da morte?
A resposta da Ciência é uma surpresa pois afirma que logo depois de morrer o corpo emite um odor fresco, o hexanol, parecido com grama recém-cortada. Com o passar dos dias, a decomposição provoca outros odores inesperados que podem parecer como esmalte de unha.
Esta pesquisa desenvolvida pela Universidade de Huddersfield, na Inglaterra, levanta a possibilidade teórica de cada corpo, depois da morte, desenvolver um cheiro característico, uma combinação única de substâncias químicas liberadas como uma espécie de impressão digital.
O processo de desenvolvimento desse cheiro iniciou-se por trazer o odor da decomposição de um corpo. Como não tivemos acesso a Cadaverina e a Putrecina, elementos responsáveis pelo odor nauseabundo dos cadáveres, usamos acordes do Castóreo - uma nota da perfumaria dos almiscares e âmbares com características fortes e pungentes, lembrando o couro. Um cheiro animálico e carnal. Para trazer um aspecto úmido, cinzento e frio da morte pensei nas flores brancas usadas em velórios